Um dos maiores fenômenos das mesas de Ubatuba, o maior vencedor das Palhetas de Ouro e um dos 3 maiores botonistas da entidade em todos os tempos é André Rafael Albino Galvão, ou André Rafael como ele prefere ser chamado.
Conhecido também pela alcunha de “Schumacher Caiçara” pela quantidade de títulos e récordes que detém na associação – apesar do apelido nunca ter pegado totalmente, já que o próprio nome dele causa reconhecimento e temor nos adversários – ele é uma máquina de jogar, ganhar e até fabricar botões, já que sua marca Botões AR é uma das três mais conceituadas do Brasil (clique aqui para conferir)
André estreou na AUFM no final de 1999, na então 2ª Divisão dos nossos Campeonatos Brasileiros. Entre diversos torneios que disputou até o fim de 2000, não conseguiu títulos.
No 18º Brasileirão AUFM – Série B, no ano 2000, ficou na 4ª posição e garantiu o acesso à elite do futmesa na AUFM no ano seguinte.
Porém, em 2001, a pastilha cedeu lugar à bolinha. A regra Caiçara foi substituída pela 12 Toques (em 2011 a pastilha foi resgatada e desde então as duas modalidades são praticadas simultaneamente na AUFM).
No seu primeiro Grand Slam entre os principais jogadores de Ubatuba, André fez uma excelente campanha, terminando na 4ª colocação no Metropolitano de 2001. No Municipal do mesmo ano, não se classificou para a Fase Final e terminou em 12º (esse foi o torneio interno com o maior número de participantes na AUFM até hoje: 24).
Nas Taças (Ubatuba e Caiçara) e no Finals de 2001, campanhas apenas razoáveis. No Metropolitano de 2002 André realizou sua pior campanha em um Grand Slam em toda sua carreira: terminou na lanterna do Grupo “B” sem ganhar nenhum dos seus 7 jogos.
A grande fase e o início da “Era Schumacher” deu-se no final de 2002, quando André ganhou de Fernando Macedo a final da Copa Canecão, conquistando seu primeiro título oficial e, ao que parece, quebrando um “limite” até então existente para ele próprio. A partir de então, tudo mudou.
Já no início de 2003, o título do Metropolitano (seu primeiro Grand Slam vencido) o colocou entre os grandes botonistas da cidade. No mesmo ano, André ainda faturou a Taça Caiçara (numa inesquecível “Final Ipiranguinha” contra Daniel Gusmão) e o Campeonato Municipal, e foi vice-campeão do AUFM Finals.
Veio então o mágico ano de 2004, quando André faturou 11 dos 15 títulos colocados em disputa pela AUFM em sua Série Principal, e bateu a maioria dos récordes da entidade até então vigentes, dentre os quais o de ter sido o primeiro associado a vencer os 5 Grand Slams no mesmo ano (é o único até hoje a conseguir tal feito). Além de tudo isso, André ficou 26 jogos invicto (segunda maior marca da História) e passou a ser o associado com a melhor porcentagem de vitórias (ganhava 60,18 % dos jogos que disputava na ocasião) da AUFM até que Edson Sírio superou a marca dois anos depois.
Com a chegada de Sírio na AUFM, inicialmente ele passou a faturar os títulos grandes. Mas foi André quem primeiro começou a jogar com ele “de igual pra igual” e o primeiro – claro – a vencê-lo e a começar a lhe tirar títulos.
Em 2009, com a promoção da molecada da Escolinha, passamos a ter pelo menos 8 botonistas de alto nível disputando os títulos da modalidade 12 Toques.
De 2003 a 2012, André venceu 15 Grand Slams, atrás apenas de Sírio (21), mas André passou vários anos fora da cidade e disputou muito menos torneios do circuito máximo da 12 Toques. E mesmo assim, até hoje ninguém conseguiu vencer os 5 Slams na mesma temporada como ele fez em 2004.
André tem no total 43 títulos e 88 pódios em eventos da AUFM + torneios da LitoVale ou FPFM em que ele representou Ubatuba. É o terceiro maior da associação nesses números, mas o primeiro em média, já que ele jogou bem menos torneios.
Fora da AUFM, mas representando-a, André tem 5 medalhas individuais de Jogos Regionais, sendo duas de ouro (2018 e 2019) e outras 6 por equipes, com 1 ouro (2008). Na LitoVale, são 3 títulos por equipe com a AUFM, e vários pódios individuais. No Litoral Norte, são 2 títulos individuais.
Imortalizado no Hall da Fama da associação, como o maior vencedor da Palheta de Ouro da AUFM, André Rafael tem até hoje diversos récordes na entidade. Depois que mudou-se para Taubaté em 2012, passou a disputar apenas os eventos da Liga LitoVale e da Federação Paulista.
Retornando a Ubatuba em 2018, André acabou pegando a “entressafra” de eventos da 12 Toques na AUFM, que nessa época estava com pouco botonistas disputando a modalidade, assim como em 2019. Depois veio a pandemia de Covid-19 e desde então a AUFM luta para retomar a bolinha…
Para quem já conquistou tanto, o sucesso não subiu à cabeça. Diferentemente de tantos adversários (com um currículo muito inferior), André não mudou sua forma de ser e jogar: continua muito calmo e tranquilo, sempre respeitando os colegas de mesa e, ganhando ou perdendo (mais ganhando que perdendo), sempre mostra muita esportividade e educação.
Um exemplo de conduta e performance.