Entrevista com Edson Sírio

Edson Sírio é uma “lenda viva” do futmesa. Ajudou a desenvolver a modalidade em várias cidades da região, como Taubaté e Jacareí e, mais recentemente, Ubatuba.

Tem aproximadamente 50 títulos na carreira, alguns a nível de LitoVale e Federação Paulista, mas, mesmo assim, mantém a humildade e modéstia que lhe são tão características.

Desde 2005 é associado da AUFM, onde reinou absoluto nas mesas até o início deste ano, quando viu suas “criaturas” superarem (ou, pelo menos, começarem a dar trabalho) o “criador”, já que os juvenis que ele treinava na Escolinha começaram a lhe roubar títulos, além do “retorno” aos bons tempos de André Rafael, seu grande rival em Ubatuba.

Assumindo a presidência da AUFM em 2008, Sírio oficializou um papel que já desempenhava apenas informalmente: a de grande “manager” dos atletas, incentivando-os, treinando-os e preparando-os para os torneios.

O grande “Mestre” das mesas caiçaras concedeu esta entrevista ao site da AUFM agora em Dezembro, já nas “férias” merecidas, após mais um ano de muita luta em prol do futmesa.

Confira:

 

> Quando começou a jogar botão?
ES: Muito novo, com mais ou menos 12 anos de idade, jogando na varanda de casa com meu irmão e meus primos e alguns colegas.

> O que motivou a jogar na AUFM?
ES: Primeiramente fiquei sabendo que havia uma turma que jogava botão em Ubatuba e como eu descia toda sexta-feira para cá, fui conhecer o pessoal e aí tudo começou: eu, desde o começo dando palpite mesmo sem ser perguntado, sobre a regra, e corrigindo o modo de jogar do pessoal…

> Como vê a AUFM hoje em dia? Melhorou? Evoluiu? Está no rumo certo?
ES: Hoje em dia a AUFM está bem melhor do que a uns 3 anos atrás, possuiu 9 mesas em condições boas, uma sede boa para a prática do futmesa… Está evoluindo bem sim, faltando apenas alguns patrocínios para poder deslanchar melhor. Está caminhando no rumo certo, por ter muitas crianças no infanto-juvenil, que logo estarão no meio dos adultos.

> Como presidente da AUFM, o qual acha do ano de 2008 na AUFM?
ES: Como presidente acho que o ano de 2008, sem dúvida, foi o melhor ano do futmesa em Ubatuba, tanto no equipe juvenil (vice estadual), como no adulto (também vice, mas na LitoVale).

> E dos anos anteriores? O que acha das administrações de Ralph Solera e Silvio Fonseca, principalmente?
ES: Acho que, dentro do possível, com o que eles tinham (poucas mesas, sem material como bolinhas, traves e demais acessórios), foram muito boas, principalmente pelo empenho dos dois.

> Quem você gostaria de ver um dia presidindo a AUFM?
ES: Alguém que tenha a experiência do Ralph, a insistência do Sílvio e o gosto pelo futmesa que eu tenho, para não deixar morrer este esporte em Ubatuba!

> E da Liga LitoVale, o que tem a dizer? Gosta de como ela vem conduzindo a modalidade na região?
ES: Sim, precisa de alguns ajustes, mas pelo pouco tempo e a dificuldade que temos enfrentado, também está no caminho certo.

> Que sites de futmesa você acessa? De qual gosta mais? Porque?
ES: Eu procuro entrar em todos sites de futmesa que fico sabendo, para ver se há alguma novidade do Brasil inteiro sobre regras (3 toques, 1 toque e demais, até as pastilhas), mas os dois sites que mais entro são o futeboldemesanews e o da AUFM, que são os mais interados na nossa região.

> Voltando ao esporte, quais as conquistas que você mais valoriza no futmesa? Qual seu título mais importante, qual o mais significativo?
ES: Para mim, o título mais importante (por ter sido o primeiro, logo no primeiro ano que voltei a jogar na Federação) foi o torneio realizado na sede da FPFM, da série prata, fazendo a final com o Celsinho Atienza e ganhando por 6×5 no último chute!

> Qual o título que você deixou escapar e foi mais dolorido?
ES: No Brasileiro em Curitiba, na semi-final, contra o Erismar, também na campanhia.

> Que título você sonha em ganhar algum dia? Aliás, existe essa coisa de ter algo que queria conquistar nas mesas, ou o que vale é o prazer de participar dos eventos?
ES: Primeiramente, o prazer de participar é muito bom, mas ganhar títulos é muito prazeiroso, porque ninguém joga para perder, ou só por participar, pois na mesa é uma “guerra”. O título do meu sonho seria o do Brasileiro, que já me escapou por três vezes, quando “bati na trave”.

> Tem alguma partida, com você fazendo parte dela ou não, que lhe é “inesquecível”?
ES: Tem sim, a final do primeiro campeonato em Taubaté, com a participação do pessoal de São Paulo, no jogo contra o Atienza, em melhor de dois jogos, tendo sido 7×6 (com os setes gols meus das pontas)… o “véio” (como carinhosamente o chamo) quis “morrer” comigo. (risos)

> Qual foi o seu maior adversário nas mesas locais? E nas mesas “serra acima”, na LitoVale e no resto do Estado?
ES: Bom, em Ubatuba, sem dúvida, foi o André Rafael. No começo era eu ou ele, mas agora não, tô tendo que jogar muito para perder de pouco hoje em dia, com essa molecada nova que está aí. Na LitoVale eu diria que tem alguns que se sobressaem, como Edu, Zé, Boy, Tiago e Flávio Redondo, mas tá surgindo muita gente boa, que no ano de 2009 vai dar muito trabalho para segurar eles, que são Flávio e William (de São Sebá), Paulinho, Éric e Pedro (de Ubatuba) e mais gente nova que estão surgindo por aí…

> Qual o melhor botonista que você já viu jogar nas mesas da AUFM desde que participa dos eventos caiçaras?
ES: Até hoje, e considerando só os daqui de Ubatuba, é sem duvida o André Rafael. Mas, assim como eu, ele também já esta tendo que jogar muito para perder de pouco dessa meninada nova que esta aí, e “chegando junto” também um “veterano”, que de vez em quando dá um trabalho… “né Ralph”? (risos)

> Atualmente, o nível técnico da AUFM subiu bastante e, em grande parte, graças a você. Como vê esse crescimento? Acha que pode subir ainda mais?
ES: Claro que pode subir bem mais, só depende dessa turma que esta aí na atividade, em dar continuidade ao futmesa.

> Por fim, o que você espera para o futuro da AUFM?
ES: Uma sede própria, muitos botonistas novos para podermos sempre estar lançando novos talentos, como estes “moleques” (Pedro, Paulinho, Éric, Dan e, quem sabe, o “tal do Dedê” e o seu adversário no infanto/juvenil, o fenômeno Joãozinho). Temos que dar continuidade para não deixarmos essa molecada aí na rua, sem ter o que fazer, ocupando esse tempo deles com o futmesa!

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