Entrevista com Cláudio Oliveira Jr

Entrevista concedida ao jornal Infortrex em Janeiro de 2002

O sócio-fundador da AUFM, também conhecido como o “Do Contra”, falou com os repórteres do Infortrex e confirmou, entre outras coisas, que continua sim a jogar botão, ao contrário da notícia veiculada nos Botões do Campo.

Famoso encrenqueiro da AUFM, inclusive conforme essa matéria, acostumado a criar polêmica, não fugiu ao velho estilo nessa entrevista.

Confira os melhores trechos da entrevista:

 

> Infortrex: O que acha da AUFM hoje?
CJr: Ela não tem mais o glamour do começo. Ficou muito séria, chata e formal. Não tem empolgação. Gostaria de jogar um campeonato paralelo com um grupo seleto de jogadores e com as regras antigas. Seria mais divertido. (Nota do Editor: Cláudio havia parado de jogar desde que a bolinha tomou lugar da pastilha, em 2001. Ele retornaria às mesas em 2002 e 2004 para um ou outro torneio. Em 2011, voltou porque a AUFM restaurou a categoria temática, jogada com pastilha e vidrilhas, mas parou novamente em 2012. Em 2023, faleceu de problemas cardíacos).

> Infortrex: Do que tem mais saudade?
CJr: Gostava mais de quando brincávamos, narrávamos os jogos e dávamos nomes aos botões. Tenho saudade da informalidade e das provocações. Tenho saudade do Luciano e do Giovanni, com sua canhota. As melhores partidas que vi foram entre o Luciano e o Ralph, em duas finais que terminaram nos pênaltis. Acho que se voltássemos a usar as regras antigas, o Luciano voltaria a jogar. (Nota do Editor: Luciano Caliani é outro fundador da entidade que havia parado de jogar, porém ele mudou-se de Ubatuba).

> Infortrex: O que acha do Sílvio ter sido reeleito presidente?
CJr: Acho o Sílvio um bom presidente, mas gostaria que o Alexandre tivesse assumido. O Sílvio poderia ficar como vice.

> Infortrex: Compare a imprensa botonística de hoje com a do início da AUFM.
CJr: A imprensa botonística melhorou muito. Eu tenho guardado muitos exemplares da Palheta antiga, do Botão Caiçara e dos Botões. Tenho todos os Infortrex. O Infortrex é melhor que os Botões; é realmente excelente. O Jornel é muito fraco.

> Infortrex: Falando de sua carreira de botonista, quais foram seus piores e melhores momentos?
CJr: O pior foi a eliminação recente no Municipal, quando estava voltando às mesas. Perdi de 1×0 para o Ralph. Também teve aquele título que eu tenho certeza que o Ralph me entregou, para adiar minha aposentadoria. Os melhores momentos foram as disputas entre os botões Renato Caiçara e Swrain. E o Renato sempre foi melhor… (risos)… O Swrain era fabricado pela mídia. E o Renatinho não foi pior que o Swróing, que eu acredito ter realmente morrido.

> Infortrex: Qual foi seu maior adversário nas mesas locais, a maior vitória e a pior derrota?
CJr: O maior adversário foi o Ralph e seu SampaShow. A melhor vitória foi numa partida em que venci Edu Macedo Jr por 5×4. Nunca esqueço desse jogo. A pior derrota foi por 8×0 para o Ralph numa final. Também não esqueço.

> Infortrex: Como vê o futmesa ubatubense hoje?
CJr: O Bittencourt joga bem. O Sílvio será sempre um meia-boca, sempre morrendo na praia. Acho o Nei o melhor hoje. O Ednelson, que é um mala, mereceu o título do Municipal, mas acho que o Nei vai ser campeão no próximo. Se bem que se eu cair no mesmo grupo que ele, vou eliminá-lo ainda na 1a Fase.

> Infortrex: Então você vai jogar o Municipal? Vai continuar jogando botão, ao contrário do que saiu publicado no jornal Botões do Campo?
CJr: Com certeza. Vou jogar o Municipal para ser campeão. Vou jogar sério. Pode confirmar minha inscrição.

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