Competições esportivas são, via de regra, compostas de formatos e sistemas de disputa, e é sempre bom conhecer a teoria inerente a eles, para organizar eventos de forma adequada e eficiente.
Basicamente existem 3 formatos “clássicos” de competições esportivas (ainda que nem sempre as nomenclaturas usadas pelas federações e confederações sigam esses conceitos):
– Formato de Campeonato;
– Formato de Copa;
– Formato de Torneio.
E basicamente existem 2 sistemas “clássicos” para serem aplicados aos formatos citados (com seus sub-sistemas pertinentes):
– Sistema de Liga (todos-contra-todos / pontos corridos). Exemplo: Campeonato Brasileiro de futebol.
– Sistema de Chave olímpica (fase única de mata-mata do início ao fim). Exemplo: torneios profissionais de tênis;
Nos torneios, com mais de uma fase, é comum a adoção de mais de um sistema de disputa, compondo a configuração fase classificatória + fase eliminatória, com sistema de liga + sistema de playoff, respectivamente. Exemplo: Copa do Mundo FIFA.
Vejamos abaixo mais detalhes de cada um desses pontos inerentes às competições esportivas.
Características de cada formato
Via de regra, os campeonatos são disputados em sistema de liga; as copas são normalmente disputadas em sistema de chave olímpica (o famoso “mata-mata” ou “playoff”); e os torneios mesclam esses dois formatos anteriores, tendo uma fase classificatória (normalmente com grupos) e uma fase eliminatória (ou fase final).
Campeonatos normalmente são mais longos, enquanto torneios possuem duração média e copas tendem a ser mais curtas (não estamos falando só da duração do evento, mas também da quantidade de confrontos previstos).
Enquanto campeonatos são baseados em classificação, copas são baseadas em eliminação e torneios são mistos também nesse sentido. Justamente por isso, campeonatos costumam deixar todos os envolvidos ativos durante todo o certame, enquanto torneios e copas vão “perdendo” participantes ao longo do andamento da competição (salvo se adotarem os “torneios consolação”).
Aqui é importante informar que é comum que competições adotem nomenclaturas que não batam exatamente com essas definições, por motivos diversos. A Copa do Mundo FIFA, por exemplo, é na verdade um torneio e não uma copa, tecnicamente falando (menos em 1934 e 1938). E por muitos anos o Campeonato Brasileiro de futebol também era um torneio e não um campeonato propriamente dito, como passou a ser desde 2003, quando adotou o formato de pontos corridos.
Características de cada sistema
Normalmente o sistema de liga é aquele do “todos-contra-todos” / “pontos corridos”, ou seja, é um sistema em que os participantes enfrentam todos os adversários que estão no mesmo grupo (ainda que a competição tenha um grupo único) e não temos confrontos eliminatórios e nem uma partida final valendo o título. Todos os participantes da competição (ou do grupo) vão enfrentar todo os demais participantes ao longo do certame. A sistemática também é conhecida como “round robin” ou “schuring” e é muito comum em campeonatos nacionais de futebol.
O sistema de chave olímpica é o tradicional “mata-mata” do início ao fim, ou seja, um sorteio (ou outra metodologia) prévio alinha os confrontos, de modo que uma chave é desenhada indicando o caminho de cada participante do início da competição até a final. Em uma chave, cada participante enfrenta apenas os adversários que também foram vencendo e se colocando em seu caminho até a final. Existem variações modernas em que as chaves não possuem caminhos definidos do início ao fim e, ao invés disso, vão tendo novos sorteios em cada etapa da competição para emparelhamento dos adversários. A chave propriamente dita também recebe o nome de “bracket” e é um sistema tradicional do tênis, por exemplo.
Quando a chave olímpica é disputada na “fase final” de um torneio, tendo ocorrido uma (ou mais) fase(s) classificatória antes da fase de chave, aí ela passa a ser chamada de playoff ou “knockout stage”. Ou seja, o torneio, via de regra, é composto de “campeonatos curtos” em uma fase inicial, e de uma “copa” na fase final. Os principais esportes dos Estados Unidos, como basquete, futebol americano, hockey e baseball, são disputados em grandes torneios nacionais, em que a fase inicial, de grupos, é chamada de “temporada regular” e a fase eliminatória, de playoff, é chamada de “pós-temporada”.
Alterações e “evoluções” em formatos e sistemas
Com o passar dos anos, por imposição de patrocinadores ou da televisão, as competições tiveram suas fórmulas de disputa alteradas e cada vez mais formatos e sistemas foram sendo modificados e até subvertidos. Algumas dessas modificações são evoluções, enquanto outras são involuções notórias.
Por exemplo, na era moderna das competições passou a ser comum a utilização do sistema de liga também em fase final de torneios, ou seja, em algumas competições, a primeira fase possui diversos grupos de participantes, e deles classificam-se alguns para uma fase final, que é jogada também no sistema de liga (ao invés de termos um playoff). Como exemplo disso podemos citar a Copa do Mundo FIFA de 1950 que teve um quadrangular final (uma “liga” ou “grupo” de 4 seleções na fase decisiva) e vários campeonatos estaduais do Brasil já tiveram quadrangulares, hexagonais ou octogonais finais valendo o título.
Pois é, o famigerado “maracanaço” não foi uma final de verdade, mas sim a última partida daquele quadrangular decisivo de 1950… sabia disso?
O Campeonato Carioca de futebol por muitos anos teve os participantes divididos em dois grupos e, na Taça Guanabara, os times jogavam entre si dentro dos grupos, mas na Taça Rio jogavam com os integrantes do outro grupo, uma modificação do conceito clássico de divisão em grupos (em que normalmente se enfrentam apenas os adversários do próprio grupo). Algo parecido ocorre na NBA, na NFL e em outros esportes americanos. Já o atual Campeonato Paulista também tem um sistema “fora de propósito” nesse sentido, em que os times são divididos em grupos mas só enfrentam times de outros grupos.
A Libertadores da América e a Liga dos Campeões da Europa nas últimas décadas incluíram fases de playoff antes das fases de grupos e das consequentes fases finais, também em playoffs, ainda que nesse caso as fases prévias sejam meras “classificatórias” para a verdadeira competição, que começa na fase de grupos (ou grupo único, no caso da nova Champions League).
Falando em Champions, a partir da temporada 2024-2025 sua fase de liga, além de passar a ter grupo único, passará a ser “todos-contra-alguns” e não mais “todos-contra-todos”, em uma sistemática de emparelhamento de confrontos que lembra o sistema suíço (abaixo), do xadrez, mas que é pré-estabelecido, ou seja, fixo, ao invés de ser feito rodada a rodada, com base nos resultados anteriores, como no esporte do xeque-mate.
Sistema suíço e outras fórmulas diferenciadas
Fora do comum, o “sistema suíço” é uma sistemática diferente de aplicação da metodologia de liga em uma competição. Enquanto em um sistema de liga clássico usa-se a composição “todos-contra-todos” com uma tabela prévia informando todos os confrontos previstos ao longo da competição, na interessante sistemática do xadrez as rodadas subsequentes à primeira são confeccionadas após os resultados anteriores, ou seja, somente após os resultados da 1ª rodada (e da consequente classificação geral atualizada) define-se os confrontos da 2ª rodada, e assim por diante.
E, como já deu para notar, outra característica desse sistema é que os emparelhamentos dos confrontos usam como base a classificação geral após a rodada anterior, agrupando os participantes conforme sua posição na tábua geral (ou tabela de classificação) ou conforme o resultado da rodada anterior, ou seja, os que estão na parte de cima da classificação passam a enfrentar adversários com posições próximas, o mesmo ocorrendo para os que estão na posição intermediária e na parte de baixo da tábua, ou então os participantes que venceram na rodada anterior vão pegar outros vencedores da mesma rodada, enquanto os perdedores pegarão outros perdedores.
Dessa maneira, em um campeonato com sistema suíço, apesar da competição estar formatada como liga, os enxadristas não enfrentarão todos os outros demais participantes, mas sim alguns deles, e notadamente os que estão sempre próximos à sua posição na classificação geral ou que tiveram resultados semelhantes na rodada anterior.
O novo formato da Liga dos Campeões da Europa, a partir da temporada 2024-2025, é uma mescla do sistema suíço com o sistema de liga tradicional, pois apesar de ser um “todos-contra-alguns”, não tem as rodadas sorteadas apenas após os resultados da anterior, mas sim uma tabela fixada antes do início da competição, sendo, portanto um espécie de “sistema suíço-fixo“.
Outra fórmula diferente e pouco usada é a da “dupla eliminatória” para chaves (dificilmente aplicada quando trata-se de um playoff). Enquanto em uma chave normal o derrotado de um confronto é eliminado definitivamente da competição (salvo se a derrota for na semi-final, quando então há competições que realizam a decisão do 3º lugar), na dupla eliminatória o derrotado vai para a “chave dos perdedores”, onde terá uma segunda chance de brigar pelo título. A final da competição é realizada entre o “campeão” da chave ordinária e o “campeão” da chave dos perdedores, mas, como trata-se de uma eliminatória dupla, caso o vencedor da chave ordinária perca a final, será necessário realizar mais uma partida (já que então agora os dois finalistas terão uma derrota cada na competição). Essa partida extra é chamada de “finalíssima”.
Outro sistema característico é o das “baterias“, utilizado principalmente no surf e no atletismo, onde grupos de participantes disputam confrontos coletivos, normalmente com todos os componentes da bateria realizando uma prova de forma simultânea, que vai classificar o(s) melhor(es) para uma fase seguinte da competição, ou, caso trate-se da fase final, vai definir o título.
Existem outras fórmulas de disputas esportivas utilizadas especificamente em competições de modalidades não tão populares, que não serão abordadas nesta publicação.
Estruturas dos sistemas de disputa
As competições possuem confrontos que podem ser provas, baterias, partidas, disputas, etc., entre os participantes. Os confrontos estão dentro de rodadas, que estão dentro de turnos, que podem integrar grupos, que compõem fases – quando falamos de liga, ou então estão dentro de turnos e etapas, quando integram um sistema de chave (ou de playoff).
Rodadas ou etapas são as divisões de conjuntos de confrontos em ligas ou chaves, respectivamente. Em uma rodada ou etapa, todos os participantes disponíveis enfrentam um adversário (alguns esportes também chamam as etapas de uma chave de “rodadas”, como faz o tênis, por exemplo).
Turnos são a quantidade de vezes em que os participantes se enfrentam dentro de uma fase, e normalmente são 1 ou 2 turnos. Exemplo: Na Copa do Mundo FIFA, as seleções se enfrentam em turno único dentro dos grupos e depois o mata-mata em turno único alinha os confrontos nas etapas de oitavas-de-final, quartas-de-final, semi-final e decisões (de primeiro e de terceiro lugares).
Excepcionalmente podemos ter turnos em número “máximo”, sem pré-definição de mínimo, como no caso de alguns dos playoffs das competições norte-americanas, que são jogados em “melhor de 5” ou “melhor de 7” turnos (ou partidas), ou seja, passa adiante quem obtém 3 ou 4 vitórias no confronto, respectivamente. Existem também campeonatos nacionais de futebol que são disputados em 4 turnos ao invés de 2, como é usual.
Os grupos reúnem participantes em conjuntos dentro das fases de uma competição, sendo as fases normalmente efetivadas em fase inicial (ou classificatória) e fase final (ou eliminatória), porém não é incomum que competições tenham duas ou até três fases antes da fase final. As Copas do Mundo FIFA de 1982 e 1986, por exemplo, tiveram uma primeira fase de grupos, com 6 grupos, e uma segunda fase de grupos, com 4 grupos, antes da fase final, com o playoff que começava já nas semi-finais.
Tipos de tabela
Nos sistemas de liga (seja para grupos ou para campeonatos de grupo único), as tabelas costumam informar os confrontos agrupando-os por rodadas, enquanto que nas copas ou playoffs eles são agrupados por etapas, como vimos acima.
A composição das rodadas de um sistema de liga procura alternar os confrontos de modo que os participantes não joguem como mandantes o tempo todo, e, da mesma maneira, não encabecem as rodadas o tempo todo. Ou seja, o participante “X” dificilmente jogará sempre a primeira partida de cada rodada, e da mesma maneira, dificilmente jogará sempre “em casa” em todas as rodadas, mesmo quando a competição tem apenas um turno único.
Em caso de sistema de liga com dois turnos (ida-e-volta), a tabela pode fazer o segundo turno copiando o primeiro e apenas invertendo os mandos (ou seja, invertendo quem joga “em casa” e quem joga “fora”) ou a tabela pode “espelhar” o segundo turno [imagem acima], começando ele pela última rodada do primeiro – e invertendo os mandos, claro – e depois seguir de forma decrescente até que a última rodada do segundo turno espelhe a primeira do primeiro turno. As fases de grupo da Libertadores da América e da Liga dos Campeões da UEFA utilizam o recurso de espelhar a tabela para que um mesmo time não jogue três vezes seguidas em casa ou três vezes seguidas fora.
Tipos de desempate em playoff
Independentemente da modalidade esportiva, já que cada uma tem regulamentos específicos e característicos, com critérios próprios em caso de empates em disputas eliminatórias (mata-mata), ainda assim os tipos de desempate clássicos são:
– Por escore: quando a modalidade determina que em caso de igualdade, será disputado um desempate para definir quem segue na competição e quem está eliminado, como no caso de torneios de futebol em que na fase eliminatória, em caso de empate, teremos a realização de prorrogação e/ou pênaltis;
– Por vantagem: quando a modalidade determina que em caso de igualdade, um dos participantes se classificará por conta de algum critério adotado, como melhor campanha geral até aquele momento, por exemplo.
Tipos de eliminação em uma competição
Já vimos que em uma chave olímpica (mata-mata) existe a possibilidade da dupla eliminatória, na qual um participante, mesmo perdendo, ainda pode ser campeão da competição. A dupla eliminatória é uma exceção, pois permite alguém à princípio derrotado em uma eliminatória continuar disputando o título, já que o “campeão” da chave dos perdedores disputa a final da competição e pode sair campeão geral do evento.
Mas existem 3 tipos de eliminação real em competições esportivas, nas quais um participante é definitivamente alijado da disputa pelo título principal. Em alguns casos a eliminação significa o fim da participação no evento, mas em outros casos a eliminação apenas impede a disputa do título, porém mantém a possibilidade de participação ativa na competição.
Importante mencionar que essas eliminações valem apenas para torneios, pois os campeonatos são disputados em fase única (em formato de liga) e as copas são também disputadas em fase única (em formato de chave olímpica).
As 3 formas clássicas de eliminação de uma competição esportiva são:
– Eliminação simples: o participante não se classifica para uma fase seguinte do torneio e está definitivamente fora da competição. É a mais comum e utilizada forma de eliminação em eventos esportivos. Exemplo: na Copa do Mundo FIFA, a seleção que não se classificou na fase de grupos ou foi derrotada no playoff está eliminada e não joga mais no torneio;
– Eliminação complexa ou parcial: o participante não se classifica para a segunda fase do torneio mas jogará um “rebolo” ou “torneio consolação” valendo posições intermediárias na classificação geral. Exemplo: atual Campeonato Carioca de futebol, na qual a Taça Rio é um torneio consolação para os 4 melhores times não classificados para a Fase Final do estadual, e que não brigam mais pelo título carioca. O vencedor da Taça Rio termina o Cariocão na quinta colocação;
– Eliminação mista ou tardia: o participante classifica-se para a Fase Final do torneio, onde é eliminado em uma etapa prematura do playoff, antes da final, e, a partir dali, passa a jogar uma “chave de eliminados” valendo posições intermediárias na classificação geral. Exemplo: nos Jogos Regionais do Estado de São Paulo, várias modalidades promovem disputa de 5º a 8º lugar para as cidades eliminadas na 1ª etapa do playoff (normalmente composto por 8 participantes).
Modos de classificação em uma competição
Mostramos acima os tipos de eliminação possíveis em eventos esportivos. Agora é a hora de saber os tipos de classificação existentes. São eles:
– Padrão: nesse tipo de classificação, os participantes são distribuídos na fase seguinte de acordo com os “gabaritos” que dizem exatamente onde cada participante entrará na fase seguinte (seja ela fase de grupos ou fase de playoff), e procuram seguir as convenções internacionais mais utilizadas no mundo. Exemplo: as tabelas da Copa do Mundo FIFA informam previamente quem o 1º colocado do Grupo “A” vai enfrentar nas oitavas-de-final (normalmente o 2º colocado de algum outro grupo);
– Geral: nesse tipo de classificação, a organização pega todos os classificados para a fase seguinte, cria uma lista em ordem de melhor campanha, e usando essa lista como base, distribui os participantes na fase seguinte, de modo que os donos das melhores campanhas enfrentarão os de pior campanha. Exemplo: as Libertadores da América da década 2010 emparelhavam os confrontos do playoff com base na campanha geral, com o melhor enfrentando o pior, o segundo melhor enfrentando o segundo pior, e assim por diante;
– Personalizado: nesse tipo de critério – que pode ser adotado em conjunto com os outros dois – o regulamento prevê critérios diferenciados de classificação para a fase seguinte, após o término de uma fase prévia, permitindo tanto “puxar” um participante aparentemente fora da zona de classificação original tanto quanto criar uma formação diferente de emparelhamentos no playoff. Exemplo: no Campeonato Brasileiro de futebol, um time que terminou a competição abaixo da zona de classificação para a Libertadores pode acabar se classificando para o continental se um dos times que ficou acima dele conquistou a vaga via Copa do Brasil ou Sul-Americana;
Temos ainda a questão do “índice técnico“, que é o recurso utilizado para se classificar um ou mais participantes extras para uma fase seguinte de uma competição, normalmente comparando-os entre si, apesar de terem vindo de grupos diferentes. Exemplo: nas Copas do Mundo FIFA de 1990 e 1994, com 24 seleções participantes, classificavam-se na 1ª Fase as primeiras e segundas colocadas de cada um dos 6 grupos (ou seja, 12 seleções) e, via índice técnico, ainda classificavam-se as 4 melhores seleções que ficaram nas terceiras colocações de seus grupos. Ou seja, comparavam-se todas as 6 seleções que ficaram em terceiro em seus grupos da 1ª Fase e as 4 de melhor campanha classificavam-se para as oitavas-de-final da Copa.
Definição de posições finais nos sistemas de disputa
Em uma competição que usa o sistema de liga, a própria classificação geral do evento trará as posições finais de cada um dos participantes, sendo, no máximo, necessário aplicar eventuais critérios de desempate para participantes com mesma pontuação (os critérios de desempate são estabelecidos no regulamento do certame e dependem de comitê organizador, apesar de seguirem convenções estabelecidas).
Já em copas ou torneios, como temos normalmente uma chave olímpica (ou um playoff, no caso do torneio) apontando apenas o campeão, é necessário que: a) se realize um confronto extra para definição do 3º colocado e, caso necessário, para o 5º, 7º, etc.; ou b) aplique-se algum critério pré-definido no regulamento para definição das posições dos perdedores da fase eliminatória.
Os critérios mais tradicionais para o caso ‘b‘ são: Metodologia 1: aplicar o “sistema olímpico” (não confundir com “chave olímpica”), onde a 3ª colocação caberá ao eliminado na semi-final que perdeu para o futuro campeão; a 4ª colocação caberá ao eliminado na semi-final que perdeu para o futuro vice-campeão; e assim por diante; ou Metodologia 2: a 3ª colocação caberá ao eliminado na semi-final que tem a melhor campanha na etapa semi-final; a 4ª colocação caberá ao eliminado na semi-final com a pior campanha na etapa; a 5ª colocação caberá ao eliminado nas quartas-de-final com a melhor campanha naquela etapa e assim por diante; ou ainda a Metodologia 3: a 3ª colocação caberá ao eliminado na semi-final que tem a melhor campanha geral; a 4ª colocação caberá ao eliminado na semi-final que tem a segunda melhor campanha geral; e assim por diante.
Existem ainda outras metodologias para definição das posições intermediárias em competições eliminatórias. Apesar de ter rara aplicação, podemos citar o sistema “Bagnall Wild”, que é bastante complexo, mas basicamente cria um torneio à parte do principal, apenas com os eliminados pelo campeão da chave ou do playoff.
Temos também os não tão raros “torneios consolação” – já citados acima – que envolvem os participantes eliminados em fases anteriores à fase final (chamados algumas vezes de “Rebolo” ou “Série Prata”, o que não se confunde com as séries prata tradicionais que são uma espécie de “segunda divisão” de algumas competições).
A maior atratividade dos torneios consolação é manter ativos os participantes eliminados precocemente nas competições principais e, como deu pra notar, nem sempre são “torneios” de fato à parte, mas sim subtorneios dentro do mesmo evento.
3 comentários
Prezado autor, gostaria de deixar aqui meus parabéns por esse artigo espetacular, que vale quase como uma pós gradaução em gestão esportiva, uma verdadeira aula sobre a teoria de se fazer torneios esportivos
favoritado aqui para consultas futuras hahaha parabens pelas explicacoes achei muito didatico e util
Parabens pela aula hehehe saudações do dadinho!