A AUFM foi fundada em 1995 por 4 botonistas de Ubatuba e cresceu a ponto do Campeonato Municipal de 2001 ter a participação de 24 botonistas adultos, mas desde então, tal qual a tendência mostrada nos eventos federados, a renovação do quadro de membros, com a entrada de novos adeptos, era mais lenta do que a saída de antigos botonistas, fazendo com que, ano a ano, o número de participantes dos torneios fosse caindo.
Preocupada com a situação da AUFM, a Diretoria da entidade (composta na época por Ralph Solera, Eduardo Ilário, Sílvio Fonseca, Sérgio Godoy e Flávio Bellard), no final de 2005, analisou o caso e chegou à conclusão de que era necessário um projeto urgente relacionado ao surgimento de novos praticantes, pois poucos adultos participavam ativamente dos torneios.
A solução encontrada foi apresentar à FUNDAC (Fundação da Criança e do Adolescente de Ubatuba), um projeto de aulas de futmesa para jovens, já que a própria Fundação (que hospedava os torneios da AUFM em suas dependências), sugeria que a AUFM desenvolvesse algum projeto em parceria com ela.
Assim, no início de 2006, após 2 meses de “negociações” com a FUNDAC, quando um projeto foi apresentado e aprovado por ambas as instituições, tiveram início as aulas da Escolinha de Futmesa da parceria AUFM/FUNDAC, que visam oferecer aos jovens da comunidade local, a partir dos 10 anos de idade, mais uma opção de atividades esportivas nos fins-de-semana.
Nas aulas, monitorados por membros da AUFM, que ministram aulas teóricas, onde eram explanadas as regras do esporte, as técnicas do jogo e a conduta esperada de um atleta em exercício, e em seguida eram disponibilizadas mesas para a prática da modalidade, com treinos de fundamentos, exercícios específicos e partidas amistosas, os alunos desenvolviam a prática do futmesa.
No início, 8 jovens, somente às Sextas, participavam da Escolinha, mas a novidade foi espalhando-se e a turma chegou ao fim de 2006 com aproximadamente 30 alunos, já em dois períodos.
A parceria com a FUNDAC também permitiu que programas de ressocialização de jovens infratores os apresentasse à modalidade, e as aulas valiam como cumprimento de medida sócio-educativa. Ao todo, 6 jovens infratores participaram de aulas na Escolinha, mas nenhum deles se interessou em continuar na prática do esportes após o fim dos seus programas.
Para incentivar os jovens praticantes, a AUFM realizava alguns eventos em que subdividia a categoria, fazendo os torneios “Infantil” e “Juvenil” , além de promover festinhas de encerramento de ano, sortear times, goleiros e palhetas aos botonistas que não cometem WO, doar estojos e caixas, oferecer prêmios de “Melhor do Ano” em diversos fundamentos, entre outras coisas.
O sucesso da Escolinha foi tão grande que já em 2006 alguns alunos foram convidados a participar de torneios com os adultos e um deles foi “promovido” à categoria principal, o mesmo ocorrendo em 2007 (quando outros 4 jovens “subiram” de categoria).
Além disso, mesmo ainda estando na Infanto-Juvenil, 3 dos alunos da Escolinha chegaram a ser convocados para a Equipe da AUFM em torneios e amistosos contra clubes da região e nos Jogos Regionais de 2007, disputados em Julho em Ubatuba, Paulinho Garcia (“Palhetinha de Ouro” em 2006) integrou a equipe de Ubatuba na competição, terminando com a medalha de bronze.
Quatro dos juvenis que “subiram” de categoria na AUFM, por demonstrar bom nível técnico, passaram, em 2007, a disputar eventos federados, e mesmo jogando apenas os eventos individuais (mesmo assim, não podendo ir a todos eles), os juvenis conseguiram bons resultados e figuram em ótimas colocações no ranking paulista.
Em 2008, 6 jovens saídos da Escolinha representaram a Liga LitoVale no Campeonato Paulista Sub18, ficando com o vice-campeonato.
Em 2009, novamente a medalha de prata veio.
E em 2010, a glória máxima, o título de Campeão Paulista, com o time 100% representado por ex-alunos da Escolinha da AUFM. Edson Sírio era o técnico e treinador do time.
Em 2011, a equipe não tinha mais idade para continuar no Sub20 e a LitoVale não teve interesse em manter uma equipe Sub18, resolvendo por aproveitar os jovens na equipe principal da Liga, que competia na categoria principal do Paulistão.
Em 2014, por falta de patrocínio e impossibilidade da Diretoria continuar arcando com as despesas da Escolinha, o projeto foi descontinuado.
