Em 2013, o São Paulo era o melhor time do mundo na AUFM, conquistando o bicampeonato mundial ao bater o Ajax na final. Naquele mundial, os maiores favoritos eram o Chelsea de Gabriel Ballio e o Borussia Dortmund de Fabinho Mendes, que acabaram fazendo a “final antecipada” nas Quartas-de-Final e os ingleses passaram nos pênaltis. Eliminado, Fabinho não sabia que o futuro dele em mundiais era vermelho e branco, e vencedor…
Meses após a eliminação prematura no Supermundial de Clubes da AUFM, Fabinho assumiu o Olympiacos da Grécia na Liga Europa AUFM 2013. O clube, nível ‘C’ naquela competição, teoricamente estava fora da prateleira dos favoritos, mas, fase a fase, foi superando a adversidade dos goleiros alternativos (regra da época que favorecia os times ‘A’ e ‘B’ com goleiros maiores nas partidas contra os times ‘C’, ‘D’ e ‘E’) e eliminando os “grandões” da competição.
Na pré-Europa League, o único confronto em igualdade de condições de goleiros, e duas vitórias sobre o arqui-rival Panathinaikos de Nelson Paschoal por 3×0 e 1×0. Já dentro da chave principal, não teve dificuldades contra a Roma (‘B’) de Mirelle Pastro (4×0 e 1×0) nas Oitavas.
Nas Quartas, o duelo mais difícil, com direito a “remontada” sobre o PSG (‘B’) de Alexandre Augusto (2×3 e 3×1). Nas Semis, passou pelo Porto (‘B’) de Flávio Roberto (3×1 e 3×1). Nas Finais, superou o Liverpool (‘B’) de Flávio Bellard (3×0 e 1×1) e faturou o primeiro título de um clube grego na AUFM.
De quebra, Konstantinoplus foi co-artilheiro da competição ao lado de MaraVilla do Atlético de Madrid de Ralph Solera.
Campeão do subcontinental europeu, o Olympiacos de Fabinho se classificou para Super Taça européia no início de 2014. Enfrentando o então Ajax (‘B’) bicampeão da Champions, de Daniel Valle, os alvi-rubros de Pireu venceram no Karaiskakis e empataram na Arena de Amsterdam (3×2 e 4×4) em dois jogaços. Era o segundo título internacional do clube grego.
Veio então a Champions League AUFM 2014, e o Olympiacos (‘C’) caiu em um grupo onde os favoritos eram o Manchester United (‘A’) de Cristian Moura e o Benfica (‘B’) de Patrick Fonseca, mas quem acabou se classificando foram os gregos e também o Celtic (‘B’) de Léo Castro.
Nas Quartas-de-Finais, um difícil confronto contra o CSKA de Moscow (‘B’) de Fabrício Machado, onde o Olympiacos venceu as duas partidas (3×2 e 2×0) e se colocou pela primeira vez de forma oficial como candidato ao título. Depois vieram as Semi-Finais, e os gregos golearam em casa o Shakhtar Donetsk (‘C’) de Gabriel Ballio, o que permitiu perder a volta, fora, sem maiores sustos, graças ao placar agregado (6×3 e 1×2).
Na finalíssima, em Wembley, reencontro com o Celtic (‘B’) de Léo, que inclusive havia empatado e vencido os gregos na 1ª Fase. Na partida única, com a desvantagem do goleiro, o Olympiacos saiu na frente, sofreu o empate, mas no final, em um chute de longe, marcou o gol do impressionante título europeu (2×1).
A façanha do Olympiacos lhe rendeu na época o apelido de “Lenda”, inclusive pela alcunha ser uma das oficiais do clube de futebol. Na AUFM, portanto, a “Lenda Grega” tem um significado ainda maior e mais heróico para o time.
Depois das comemorações pela “manutenção da superioridade européia” (conforme veiculado na imprensa da época), já que o time tinha conquistado a Europa League na temporada anterior, e a Champions na vigente, o Olympiacos encerrou a temporada no Mundial de Clubes AUFM 2014, o último degrau antes do “olimpo futebolístico” da associação.
Como campeão europeu, na nova configuração de mundiais da AUFM (o antigo Supermundial deixava seu formato para trás), o Olympiacos foi cabeça-de-chave, e pela primeira vez nas competições internacionais da entidade, foi um time ‘A’, ao lado do Peñarol de Flávio Bellard, campeão da Libertadores e também cabeça-de-chave no torneio.
Cada um dos dois clubes venceu seu grupo na 1ª Fase com 100% de aproveitamento. Os gregos, no Grupo “A”, passaram pelo Orlando Pirates (‘C’) de Augusto Ballio, Chivas (‘B’) de Fabrício Machado e Mogreb Tetouan (‘D’) de Cristian Moura.
Nas Semi-Finais, um difícil duelo contra o Guangzhou (‘B’) de Léo Castro (4×3), sendo que o time chinês empatou por duas vezes a partida.
Na grande final, a Lenda Grega (‘A’) fez contra o Peñarol (‘A’) a “maior final de um Mundial de clubes da AUFM“, e protagonizou ainda a “maior virada em uma final internacional de clubes da AUFM“, terminando o primeiro tempo perdendo de 0x3 para os carboneros, mas buscando um inacreditável empate no segundo tempo em 3×3. Com a igualdade no marcador, a final foi para a prorrogação e, no segundo tempo desta, um gol do botão Panathikense definiu a virada espetacular e o título grego. O Olympiacos era campeão mundial!
Somando-se o título da Champions e essa virada sensacional, o apelido de Lenda Grega se imortalizou.
Na virada do ano, os gregos foram eleitos o melhor time do mundo da AUFM naquela temporada.
No início de 2015, Fabinho deixou a presidência do Olympiacos e, ironia do destino, acabou enfrentando seu ex-clube na Super Taça européia, agora comandando o Monaco, com o qual acabou vencendo a competição e decretando o “fim de uma era” dos gregos, que nunca mais chegaram sequer a uma Semi-final internacional.
Na Champions de 2015, o Olympiacos, defendendo o título, foi comandado por Mirelle Pastro e acabou na modesta 14ª posição e os alvi-rubros de Pireu não mais se destacaram em nenhum torneio da AUFM.
Na Grécia, até hoje os torcedores do Olympiacos defendem que a Lenda Grega foi o maior time que a AUFM já teve na sua “Fase 2” de torneios temáticos (a partir de 2011). A torcida pireuense fala que o título daquela Champions [de 2014] no seu maior formato (16 clubes e jogos de ida-e-volta) com desvantagem de goleiro, nunca foi e, agora que o formato diminuiu, nunca será igualado. Além disso, citam a virada mitológica na final do Mundial em cima do Peñarol como cereja do bolo, a maior virada em competições internacionais da AUFM, naquela que é considerada a maior final de mundiais da associação.
Em contrapartida, torcedores brasileiros defendem que o Super Paulo fez o mesmo, mas duas vezes ao invés de uma, vencendo os dois Supermundiais [de 2012 e 2013] pioneiros da AUFM (também com 16 clubes e jogos de ida-e-volta), e o Tricolor era classe ‘D’ no primeiro, enquanto os gregos eram ‘C’ na Champions, fora o fato de que no Mundial que o Olympiacos venceu [em 2014], ele foi classe ‘A’. Além disso, citam que o Tricolor eliminou o Manchester United de André Rafael na única vez na AUFM que um time ‘D’ eliminou um ‘A’ comandado por um botonista de primeira linha.
A discussão, pelo jeito, vai atravessar gerações, como vimos nos casos de Maradona x Pelé e também Messi x Cristiano Ronaldo. Mas a fama da Lenda Grega durará ainda mais e as façanhas do Olympiacos de Fabinho Mendes serão lembradas para sempre.