Vencedor da 1ª Fase com 100% de aproveitamento, o Fluzão chegou à semi-final como grande favorito à conquista, e o Atlético Mineiro era o mais cotado para enfrentá-lo na final do campeonato. Abrindo a semi-final, o Flu venceu bem o Grêmio em pleno Olímpico (3x1) com dois gols do botão Nenê Caiçara, que assumia a artilharia do torneio. No outro jogo o São Paulo surpreendeu o Galo Mineiro no Mineirão e venceu (1x0) com gol de PiGi, abrindo também vantagem para o segundo confronto.

Na partida de volta, o Fluminense em casa venceu o Imortal gaúcho (2x0) e garantiu não só a vaga na final como a vantagem do empate geral contra o vencedor do outro duelo, no qual o São Paulo derrotou o Atlético no Morumbi (2x0), com boa atuação de Équels.

Enquanto isso a grande final do 19º Campeonato Brasileiro reunia o São Paulo e o Fluminense. Antes da partida, o técnico paulista Paulo Sóler declarou em entrevista que ia tentar surpreender o favorito Flu ao mudar o posicionamento de sua defesa e também o modo de seu goleiro jogar, e foi alvo de chacota, mas a tática mostrou-se incrivelmente eficaz e Paulo foi de "professor Pardal" a "estrategista" num piscar de olhos.

No jogo de ida no Morumbi, mesmo com o favoritismo carioca e o retrospecto da 1ª Fase (Flu 4x1 SP), as duas equipes começaram parelhas, mas o São Paulo foi ganhando o meio de campo e passou a criar mais chances e abriu o placar. No segundo tempo, o jogo seguiu na mesma toada, com a tática paulista incomodando e surpreendendo o Fluminense, mas mesmo assim o clube carioca empatou (1x1) e o placar não mais se alterou. Danguss, goleiro sãopaulino foi o destaque do jogo, fechando o gol paulista e mostrando que a tática de Paulo Sóler tinha fundamento.

No segundo jogo, no Rio, com o Flu tendo a vantagem do empate e sendo favorito, poucos acreditavam no tricolor paulista, mas a História do São Paulo na competição (é o maior campeão) pesou e a surpresa foi geral com o andamento do jogo. O Fluminense fez, disparado, sua pior partida no campeonato, praticamente não pegando na bola no 1º tempo e sendo totalmente dominado pelo São Paulo que abriu o placar com Xicó, que igualava-se à Nenê Caiçara do Flu na briga pela artilharia. No segundo tempo o Fluminense tentou ir "pra cima" no desespero, mas continuou jogando mal e o São Paulo manteve o domínio. No fim, Xicó fez mais um (2x0), garantindo o título sãopaulino e a artilharia do campeonato.

Com o título, o capitão Finidí, veteraníssimo do 15º Campeonato Brasileiro, aposenta-se como tricampeão do torneio, assim como o técnico Paulo Sóler, que torna-se o 3º botão da História (antes dele só Swrain e Wally Gator) a conquistar o Brasileirão como jogador (2 vezes) e agora como técnico.

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